Janine e Estudiosos de Astronomia e Astrologia conversando... Parte 2


Uma Conversa
sobre
ASTRONOMIA e ASTROLOGIA, suas Semelhanças e suas Diferenças
em um Zigurate moderno: 
O Sítio das Estrelas

Janine Milward

Parte 2



JANINE:  Eu gostaria de acrescentar algumas poucas questões sobre estes temas que viemos conversando agora, expondo aO Caminhante estudioso de ASTROLOGIA alguns conceitos:

Primeiramente, podemos ver acontecendo, ao longo de nossa simples e curta vida, o movimento de precessão dos equinócios e a conseqüente defasagem que vai sempre aumentando entre as efemérides astronômicas e astrológicas.  Se você bem olhar o grau do seu Sol no momento exato do seu nascimento acontecido dentro de uma determinada hora e em determinada confluência de Latitude e Longitude no Planeta Terra, é certo que em seus 33 anos de idade, haverá um retorno, digamos assim, destas questões acontecendo de forma bem semelhante, porém não igual - sempre haverá uma pequena correção, isso é certo.  Em seus 66 anos de idade, novamente haverá esta oportunidade de retorno destas mesmas questões - apenas que já não mais tão semelhante, já mais distanciada, com toda a certeza.  Ao alcançar seus 99 anos..., a defasagem estará se apresentando de forma bem mais clara.

A outra questão que eu gostaria de colocar - e agora trazendo também O Caminhante estudioso de ASTRONOMIA para melhor compreender este tema astrológico -, é o fato de que eu denomino de Mandala do Grande Ano, aquela voltada para o relógio cósmico dos 26 mil anos de precessão dos equinócios.  E eu denomino de Mandala do Pequeno Ano, aquela voltada para o relógio cósmico do movimento de rotação da Terra, realizado em 24 horas e que pode ser configurado enquanto um Gráfico através aquilo que é chamado de Mapa Astral (e que dentro da ASTROLOGIA da Alma eu gosto de chamar de O Risco do Bordado!). 

O Caminhante estudioso de ASTRONOMIA exclamou:  Ah!  Agora eu pude perceber o que o mapa astral significa! .....  Você quer dizer então que este Gráfico acaba contendo em si o posicionamento do Sol e da Lua e dos Planetas contra o pano de fundo das constelações do Zodíaco para um determinado momento do evento e para uma determinada latitude e uma determinada longitude no Planeta Terra que estará servindo de ponto geocêntrico de todas estas configurações!?!

JANINE exultou:  Exatamente!  Apenas que tudo isso estará acontecendo não exatamente dentro das efemérides astronômicas, percebe - ou seja, não exatamente dentro daquilo que se convencionaria enquanto o céu real daquele momento - , e sim dentro das efemérides astrológicas, onde não consta a defasagem da precessão dos equinócios.

E também dentro da ASTROLOGIA, não falamos em constelações e sim em Signos.  E por que?  Porque estaremos comentando sobre Símbolos, símbolos, símbolos.  O Sol e a Lua e os Planetas continuam sendo nomeados da mesma forma como o são dentro da ASTRONOMIA, é claro, mas estarão atuantes dentro daquilo que chamamos de Arquétipos, de Símbolos, dentro de seus Mitos.  E as constelações - chamadas de Signos -, estarão atuando dentro de seus Arquétipos próprios, de seus simbolismos próprios.

E também outra questão interessante a ser observada:  dentro do Gráfico do Mapa Astral, não somente estaremos encontrando o movimento de rotação do Planeta Terra, como também temos a oportunidade de fazer com que este movimento - ao longo de suas 24 horas de duração - possam vir a ser concretizados a partir do ponto inicial do Mapa, ou seja, aquilo que denominamos de Ascendente, o ponto mais a leste no horizonte dos eventos a serem transpostos para o Gráfico.

A partir do ponto do Ascendente, os 360 graus da  Eclíptica, do caminho do Sol, vão tomar seus lugares dentro daquilo que nomeamos de Casas Astrológicas.   Em sendo doze os Signos que vão conter Sol e Lua - os Luminares - e os Planetas, serão doze estas Casas, portanto acolhendo duas horas cada um. Desta forma, o Mapa Astral apresenta Doze Casas Astrológicas contendo Doze Signos que acolhem tudo aquilo que se apresenta no céu do momento do evento - como se fosse uma fotografia do céu a partir do cruzamento central da latitude e longitude do acontecimento.

Caminhante estudioso de ASTRONOMIA:  Então você está querendo me dizer que todo este céu que nos envolve cabe num pequeno e simples pedaço de papel?

Todos riram, não  puderam conter o riso.  Alias, sempre as estrelas nos fazem felizes, conversam conosco, nos inspiram e nos iluminam. 

JANINE respondeu:  Bem, para que possamos conter todo esse imenso, astronômico, céu que os envolve..., temos que contê-lo dentro dos 360 graus, sim, porém não exatamente dentro do passo do Sol através a Eclíptica, como um todo.

O Caminhante estudioso de ASTROLOGIA finalmente disse algo:  Ah, não?  E por que não?

JANINE:  Bem, eu penso que O Caminhante estudioso de ASTRONOMIA bem compreende o porque não.  Veja só: estamos diante esse céu imenso.  Vamos observar a linha da Eclíptica, o caminho do Sol e por onde também a Lua e os Planetas passeiam, sendo que estes últimos sempre um tantinho mais ao sul ou ao norte, sempre podendo beirar as linhas imaginárias que perfazem os Trópicos de Capricórnio e de Câncer.

Vamos olhar em direção ao horizonte oeste.  O que vemos nesse momento, miolo do mês de abril, no anel do Zodíaco?  Já comentamos o fato de que Áries já caiu no horizonte porém ainda podemos apreciar as estrelinhas que foram as Pleiades e que já fazem parte da constelação do Touro, que acolhe a maravilhosa Aldebarã, seu olho iluminado.  Subindo em direção ao zênite, ainda voltados para a direção norte, encontraremos as duas estrelas que não escondem de ninguém o fato de que estão sempre unidas: é a constelação de Gêmeos trazendo suas estrelas Alpha e Beta, Castor e Pollux. 

Atentem para o fato de que existe uma luz próxima a Castor e Pollux e que não faz parte da constelação dos Gêmeos!  Que luz é esta? Pisca?  Não, não me parece que pisque, parece mais com uma lâmpada acesa, não é verdade?  E vejam: esta luz intensa e avermelhada... nos lembra quem?

O Caminhante estudioso de ASTRONOMIA se conteve de responder, para dar lugar aO Caminhante estudioso de ASTROLOGIA parar para pensar e chegar a uma conclusão: Marte!  Ao que JANINE falou alto e bom som: Marte!

Caminhante estudioso de ASTROLOGIA:  Então...., aquele é Marte?  Mas como?  Você me disse que aquele lugar é a constelação dos Gêmeos mas sabemos que Marte vem passeando pelo signo de Câncer?!?!

JANINE:  Meu caro Amigo das Estrelas, não se esqueça que viemos comentando a respeito da defasagem entre as efemérides astrológicas e os reais posicionamentos do Sol e da Lua e dos Planetas contra o pano de fundo das constelações do Zodíaco, na ASTRONOMIA.  Em termos de efemérides astrológicas, Marte está em Câncer, sim, você está certo; mas em termos do céu astronômico, Marte vem passeando e muito conversando com os Gêmeos Castor e Pollux. 

Portanto:  se fizéssemos a fotografia do céu neste exato momento, para esta latitude e longitude de Mar de Hespanha, encontraríamos Marte em Câncer, com toda a certeza... mas na verdade, dentro do céu real que se encontra acima de nossas cabeças, Marte passeia pela constelação dos Gêmeos.

Caminhante estudioso de ASTROLOGIA:  Com isso você quer então me dizer que possivelmente meu Sol não vem em Virgem e sim em Leão?

JANINE:  Bem, dentro da ASTROLOGIA praticada no oriente e que se estrutura sobre o céu do momento real, eu diria que você não seria uma pessoa virginiana e sim uma pessoa leonina.  Porém, dentro da ASTROLOGIA chamada Tropical, que saltita no  mundo ocidental, seu Sol na ASTRONOMIA se encontra em Leão mas na ASTROLOGIA, encontra-se em Virgem.

Aliás, podemos já comentar sobre a constelação do Leão.... ou será que não? .... Penso que desviei o assunto em função de Marte que estava olhando para mim e esperando que eu comentasse a seu respeito...

Bem, onde parei?  Ah, eu comentava sobre o Anel de constelações por onde o Sol faz seu caminho aparente, caminho que se chama Eclíptica, caminho que se faz através do Zodíaco, a Roda dos Animais, contendo de doze a quatorze constelações - sendo que na ASTROLOGIA apenas doze constelações estarão figurando enquanto Signos.

Subindo os céus e buscando o zênite, comentamos sobre Touro, sobre Gêmeos, e agora estaremos diante da belíssima constelação de Câncer - que somente pode ser apreciada em lugares de céus escuros e transparentes, assim como o Sítio das Estrelas.

Vamos apontar nossos binóculos para aquele ponto imenso e pouco iluminado, tão grande como se fosse uma Lua Cheia?  Os antigos o denominavam de Colméia de Abelhas ou de Presépio (e no catálogo mais moderno é denominado de M-44) - um verdadeiro berço de estrelas-crianças que viajam juntas e formam para nossos olhos uma lua cheia de luzes fugazes.

Esta Colméia de Abelhas se refugia entre duas estrelas, também bastante tímidas.  E tudo isso e somente isso constitui a constelação de Câncer.

Seguindo adiante no caminho da Eclíptica, adentraremos a constelação do Leão!   Não podemos deixar de trazer nossa reverência ao garboso Leão, com suas estrelas mais proeminentes, Régulus e Denébola, uma pata dianteira e a cauda, fazendo as vezes de estrelas Alpha e Beta. 

Um momento, um momento, um momento: novamente teremos que observar o fato de que existe uma luz a mais dentro desta constelação?  Quem será?  O que será?

(Sempre que vemos uma luz diferente dentro de um lugar do céu - principalmente no anel do Zodíaco -, estaremos diante de um objeto errante, pode ser um cometa, um asteróide, um anjo, um disco voador, uma nave espacial... ou quem sabe, um Planeta?  Afinal, os Planetas foram reconhecidos primordialmente exatamente pelo fato de serem objetos iluminados e errantes, ou seja, iam se movimentando ao longo das chamadas estrelas fixas que compunham as constelações fixas.)

O Caminhante estudioso de ASTROLOGIA estava determinado em interromper para mostrar que finalmente tinha compreendido a questão fundamental de defasagem de efemérides astrológicas com posicionamento no céu real da ASTRONOMIA:  Bem, eu ouso dizer que este é Saturno - que na ASTROLOGIA encontra-se em comecinho de Virgem e que possivelmente é aquele mesmo que se encontra ao lado de Regulus, que você acabou de apontar!

O Caminhantes estudioso de ASTRONOMIA e JANINE bateram palmas, parabenizando O Caminhante estudioso de ASTROLOGIA. 

E JANINE confirmou: Sim, este é Saturno, o último planeta possível de ser visto a olho nú.  E vocês sabem, é por isso mesmo que ele é chamado de Senhor do Umbral, porque é o último a ser visto a partir do ponto de vista do Sol e a partir do ponto de vista de Urano, Netuno e Plutão, sabiam disso?  Ele sempre se coloca enquanto limite - mesmo que estes limites tenham sido extrapolados quando da descoberta de Galileu sobre seus anéis, ao usar seu simples telescópio... , mesmo que estes limites tenham sido não somente extrapolados como concretizados em não-limites quando da descoberta de Urano, por Wilhelm Herschel, ao final do século dezessete, já com um telescópio mais encorpado em suas lentes ópticas.

Seguindo em nosso passeio no céu noturno - e dentro do anel do Zodíaco -, encontraremos a constelação de Virgem, realmente imensa e sempre apresentando sua belíssima estrela-alpha, Spica.  Um dedinho antes da constelação da Virgem, encontra-se o ponto de interseção das linhas da eclíptica e do equador, o equinócio de outono para o hemisfério norte e da primavera, para o hemisfério sul.

Virgem tem seu seguimento através a Balança, com suas duas estrelas perfazendo os dois pratos: Zubenelgenubi e Zubenelschamalli (que antigamente eram consideradas as Garras do animalzinho rastejante dos céus).

Agora, prestem atenção:  podemos ver no horizonte leste já voltado para o sul, uma constelação apontando!  Quem será?  É o Escorpião!  Olhem agora para o outro lado do céu, o horizonte oeste mais voltado para o norte: ah, parece que a constelação do Touro já caiu, prometendo voltar amanhã!

Acontece que estas duas constelações - Touro e Escorpião - jamais se encontram nos céus estrelados: quando uma entra no leste, a outra já está se pondo no oeste.  Porém, não somente o Touro está se pondo sozinho, ele está sendo acompanhado pela beleza inenarrável de Órion, o gigante caçador, sempre acompanhado dos dois cães - um maior, acolhendo nossa maravilhosa estrela mais brilhante, Sírius, e outro menor e um tantinho mais atrás, acolhendo a linda estrela Prócium, aquele que segue.

Diz a lenda que Órion caçou o Escorpião.  Mas já que ambos tinham que permanecer nos céus estrelados, Júpiter os separou diametralmente de forma a não se encontrarem jamais!

O Escorpião é realmente uma constelação que não nega o nome que recebeu: sua semelhança com o animalzinho rastejante é realmente surpreendente!  E certamente sua estrela-alpha é maravilhosa, avermaelhadamente vermelha e gigantona, Antares, a rival de Ars, Marte.

É realmente belo o desenho que as estrelas do Escorpião vão nos mostrando... várias estrelas duplas que disputam a acuracidade de nossa visão... (me lembro de meu primeiro namorado me dizendo que éramos tão próximos um do outro quanto aquelas duas estrelas que formam uma das curvas do Escorpião.... palavras.... não o vejo há mais de 30 anos...). A cauda do Escorpião é realmente assustadora com a presença fulminante de Schaula... finalizando com alguns objetos maravilhosos, M-7, M-8, M-6, chumaços de algodão, bom de olhar a olho nú, melhor ainda de binóculos e telescópio.

Quando o Escorpião termina, nos deixa entrever em suas vizinhanças, o local onde podemos encontrar o direcionamento para o centro  da Via Láctea, nossa Galáxia, nossa Casa neste universo que conhecemos. É bem neste ponto que podemos nos encontrar com Plutão.  Porém, para vermos este planeta recém destronado de sua condição de planeta, temos que nos munir com potentíssimos telescópios.
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A noite vai andando, vai seguindo seu rumo e o céu também vai andando, como num carrossel iluminado.

Se continuarmos a observar as estrelas, ainda entrarão em cena a constelação de Sagitário que está acolhendo o deus dos deuses, Júpiter, grandioso planeta, um segundo sol em nosso Sistema Solar - e é por esta mesma razão que é considerado o deus dos deuses e dos homens!

Depois, as estrelas formadoras de um belo triângulo estarão nos trazendo o Capricórnio.  Então, começaremos a mergulhar em águas através as estrelas formando zigue-zague, tímidas estrelas, em Aquário.  Já em Peixes, estaremos podendo mergulhar nestas águas profundas, também dentro de estrelas bem tímidas, eu diria.  Nos limites entre Capricórnio e Aquário, nos encontraremos com Netuno; e já entremeando as estrelas ziguezagueantes do Aquário, encontraremos Urano.  Certamente precisaremos de lentes simpáticas para bem podermos apreciar suas belezas: Netuno em cores mais azuladas e Urano, em cores mais esverdeadas.  Neste momento em que conversamos sobre o céu noturno, a Lua encontra-se em fase bem minguante, já se aprontando para se tornar Lua Nova, mergulhada no Aquário, lua boêmia de final de madrugada.

E se ainda nos mantivermos acordados até um tantinho antes do amanhecer, apreciaremos as duas estrelas de Áries e mais ao final do mês de abril, comecinho de maio, com boa sorte e com bom tempo, poderemos observar Mercúrio surgindo ao leste, como um arauto anunciando a chegada de Vênus bem próxima ao Sol.

A verdade é que, com o andar da noite e das estrelas, estas estrelas e constelações vão se aprontando, por assim dizer, para entrarem no palco da vida...  Todo o céu passa diante de nossos olhos, ao longo das vinte e quatro horas de um dia...  No entanto, nesse momento do mês de abril, se ficarmos aqui, no deck, observando a marcha silenciosa das estrelas e das constelações, estaremos presenciando apenas metade desse imenso e majestoso - e astronômico - espetáculo...  porquanto durante o dia, nosso Sol rouba o espetáculo apenas para si mesmo... nos mostrando, de quando em vez, a Lua, em suas fases de Crescente a Cheia, à tarde; e em suas fazes de Cheia a Minguante, de manhã.

O Caminhante estudioso de ASTROLOGIA, num repente, questionou:  Então... seria por essa causa que o Sol é sempre nossa energia maior, dentro da ASTROLOGIA?  Seria por esta causa que o signo de Leão, regido pelo Sol, apresenta um sentido de centro de todas as  atenções, de real majestade, de nobreza ( e em algumas vezes, de arrogância)?

O Caminhante estudioso de ASTRONOMIA riu-se. 

JANINE sorriu e aquiesceu:  Exatamente!  Neste exato momento você, caro Caminhante de ASTROLOGIA, acabou de adentrar o Zigurate onde estamos observando o céu estrelado, trazendo sua apreensão pessoal acerca do mesmo!  E, a meu ver, o que acabou de acontecer a você foi um insight, uma compreensão  repentina e profunda, acerca uma das diferenças mais importantes entre a ASTRONOMIA e a ASTROLOGIA: as questões físicas enlaçadas às questões metafísicas. 

O Caminhante estudioso de ASTRONOMIA escutava atentamente o que estava sendo dito, e emendou:  Dentro deste ponto de vista, podemos então dizer que o Sol toma conta do dia e a Lua toma conta da noite!  Sim..., porque o Sol permite a presença da Lua, volta e meia....  mas sempre podemos ver que a Lua permite a presença de todas as estrelas possíveis de serem vistas, de acordo com a fase em que ela se encontra, naturalmente!

JANINE e O Caminhante estudioso de ASTROLOGIA bateram palmas, rindo-se a valer! 

JANINE arrematou:  Bem, eu teria duas coisas a dizer sobre este tema.  Uma, dentro da ASTRONOMIA, é que aqui na roça, em lugar distante das luzes poluentes dos vizinhos e da cidade, quando a Lua começa a crescer, a bem da verdade, muitas estrelas começam a desaparecer!  Essa é uma questão que podemos bem presenciar em tempos de eclipse total da Lua: ao longo do tempo em que a escuridão avança no campo lunar, as estrelas vão surgindo, felizes e contentes, enfeitando o espetáculo.  E como o momento de escuridão total do eclipse lunar é sempre um longo momento, ocupando muitos minutos, quase uma hora ou mais, podemos sempre ficar nos deliciando com uma viagem através o céu estrelado!  No entanto, mal a luz volta a ocupar seu espaço do corpo lunar, as estrelas voltam a fugir, refugiando-se apenas em nossa memória.

A outra questão que me veio à mente, surge na ASTROLOGIA porém com dois dedos de prosa dentro da ASTRONOMIA:  sabemos que a Lua não possui luz própria e que a luz que emite é apenas aquela que o Sol lhe faz acontecer em seu corpo; é o albedo.  Na Espiritualidade, a Lua perfaz a imagem do Sublime Yin, a Não-Luz, a energia feminina, digamos assim, mais primordial dentro da Criação... enquanto o Sol perfaz a imagem do Sublime Yang, a Luz, a energia masculina, digamos assim, mais primordial dentro da Criação.  Na ASTROLOGIA, a Lua traz o conceito de passado, das memórias emotivas e atávicas do passado - estas questões acontecem em função do Tema maternidade, advinda da Lua, a Mãe (esposa do Pai, considerado como o Sol, tornando a Lua a função feminina e Yin e tornando o Sol a função masculina e Yang); e do sentido do albedo anteriormente comentado, ou seja, aquilo que possivelmente teria sido atuando enquanto energia Yang, ativa, no passado, hoje se torna uma energia Yin, mais passiva, mais emotiva, mais atávica.  Neste sentido, dentro dos conceitos da ASTROLOGIA da Alma (bem como da chamada ASTROLOGIA kármica, eu penso), a Lua pode vir ser a representação arquetípica de vidas anteriores, de vivências anteriores e sucessivas do Caminhante (em função do fato de que permanece o tom da memória emotiva e atávica).

Um silêncio profundo pairou entre os três Caminhantes. 

De repente, JANINE lembrou-se que ainda não havia concluído seu pensamento a respeito de sua viagem através o caminho da Eclíptica, ao longo das constelações visíveis naquele momento, do anel do Zodíaco:  Eu gostaria de dizer - céus, são tantos os assuntos! -, agora que vimos as constelações desde Touro até Escorpião, que com toda a certeza estas constelações se apresentam em tamanhos inteiramente diferenciados entre si.  Ou seja, Touro é razoavelmente grande, Gêmeos é bem grande e esguio, Câncer é pequeniníssimo, Leão é bem grande, Virgem é imensa, Balança nem tanto, e Escorpião é bem grande, sem dúvida alguma!

Portanto, voltamos à uma questão que foi levantada bem mais atrás, em nossa conversa: como fazer conter todas estas constelações de tamanhos tão diferenciados dentro do Gráfico do Mapa Astral?

É simples: se o ciclo de andamento do Sol possui 360 graus, por que não fazer conter doze Signos dentro desses 360 graus?  Simples assim!  Portanto, indiferentemente de tamanhos maiores ou menores, todos os Signos possuem 30 graus cada e são acolhidos dentro das Doze Casas Astrológicas que vão sendo compostas a partir da definição do ponto mais ao horizonte leste no momento do evento - ou seja, o chamado Ascendente.

 E dentro dessas Casas Astrológicas que acolhem os doze Signos, estaremos introduzindo o Sol e a Lua e os Planetas - e quem sabe, asteróides e estrelas fixas, por que não? - de acordo com seus posicionamentos nos céus estrelados da ASTRONOMIA, traduzidos para as Efemérides da ASTROLOGIA!
....................

A  noite continuava caminhando e os três Caminhantes resolveram então, que já era hora de entrarem em casa, quem sabe tomar uma xícara de chocolate quentinho, para aquecer-lhes o corpo já sentindo o frio tímido do mês de abril, no Sítio das Estrelas.

JANINE:  Talvez possamos continuar nossa conversa em outro momento, quando vocês quiserem, quem sabe, amanhã?  Eu penso que eu teria alguns textos meus arquivados no computador que trariam outros esclarecimentos a ambos a respeito das diferenças e semelhanças entre ASTROLOGIA e ASTRONOMIA e como ambas estas ciências podem se ajudar mutuamente, ampliando seus conhecimentos, aprofundando suas compreensões e cumprindo com o holismo de enlaçamento entre ciências físicas e metafísicas.

Caminhante estudioso de ASTRONOMIA:  Eu gostaria de dizer algumas palavras sobre algo, como se fosse um sentimento profundo em mim, que veio me acompanhando ao longo de nossa conversa, aqui, no deck diante do lago, sob as estrelas.  Todo o tempo eu pude sentir um perfume de poesia no ar!   Eu pude olhar para as estrelas, os planetas visíveis neste momento, Marte em Gêmeos e Saturno em Leão, as constelações do anel do Zodíaco e as demais constelações ao norte e ao sul..., enfim, eu pude sentir em tudo uma grande poesia, como se esta estivesse emanando dos corpos celeste e chegando até a mim.  E certamente, nada disso estaria me impedindo de raciocinar enquanto um estudioso de ASTRONOMIA, entende?..., como diz você, JANINE, usando o lado esquerdo do meu cérebro, o lado mais racional.

Caminhante estudioso de ASTROLOGIA:  Eu faço das suas palavras também minhas palavras... porém em sentido um tanto diferenciado, eu penso.  Confesso que todo o tempo um sentimento, um perfume, um cheiro intenso de poesia me acompanhou, ao longo de nossa conversa.  Eu pude olhar para as estrelas e reconhecê-las enquanto estrelas, sim, porém talvez de forma mais aproximada, mais íntima, como se me dissessem algo, como se sussurrassem suas poesias em meus ouvidos e em minha mente e em meu coração.  Os corpos celestes não permaneciam frios, distanciados.... não, bem ao contrário: todo o tempo estavam próximos, eu podia senti-los em suas próprias almas!  E também pude olhar Marte e vê-lo em sua alma, olhar Saturno e vê-lo em sua alma, e, de alguma forma, compreender porque os antigos assim também sentiam! 

Até o dia de hoje, meu caminho de estudioso de ASTROLOGIA me levou tão somente para ler sobre todas estas questões, nos livros, nos alfarrábios... mas sempre tudo me pareceu apenas como  um conjunto de teorias chamada ASTROLOGIA.... Ou seja, era como se a ASTROLOGIA, para mim, fosse algo que apenas constassem em livros, em papéis escritos, impressos, em gráficos astrológicos... e todas estas histórias míticas fossem apenas algo criado em função de teorização de uma ciência, a ASTROLOGIA; como se nada disso fosse uma real realidade!   

E mesmo que JANINE diga que na ciência subjetiva das estrelas, a ASTROLOGIA, estamos usando o lado direito do nosso cérebro, o lado de maior sensibilidade psíquica, eu descobri que, se não tivermos um contacto mais próximo com os corpos celestes e seus mitos emanados deles mesmos, estaremos, na verdade, compreendendo a ASTROLOGIA dentro do uso do lado esquerdo do nosso cérebro, de forma mais racional, entende?  É certo que o lado direito do cérebro também será ativado, porém somente depois de toda a teoria racional e um tanto distanciada das estrelas em seus corpos celestes reais e em seus reais mitos traduzidos como poesia aos nossos ouvidos...    , aí sim, aí adentraria a sensibilidade psíquica.

Comovida, JANINE disse:  Eu fico extremamente emocionada e feliz ao ouvir vocês, Caminhantes estudiosos de ASTRONOMIA e de ASTROLOGIA, chegarem à estas suas conclusões!  E por que digo isso?  Porque tem sido exatamente esta minha intenção: fazer com que os cérebros direito e esquerdo possam encontrar uma boa e harmoniosa fusão entre si, um trabalhando em prol do outro.  Holismo, a meu ver, é isso.  E, para bem tecermos nossos caminhos pessoais e coletivos no Hall de Entrada da Era de Aquário - este tempo em que estamos vivenciando nossas vidas no Planeta Terra -, certamente a ferramenta do Holismo, da fusão entre a racionalidade e a sensibilidade psíquica, é fundamental, é si ne qua non.

Caminhante estudioso de ASTRONOMIA:  E é interessante lhe dizer, JANINE, que cheguei à conclusão de que não existem realmente quaisquer divergências entre ASTROLOGIA e ASTRONOMIA - pelo menos não da maneira que o pré-conceito instaurado socialmente impõe às pessoas, de forma geral!  Você nomeia a ASTROLOGIA enquanto ciência subjetiva dos céus estrelados e nomeia a ASTRONOMIA enquanto ciência objetiva dos céus estrelas: e é assim mesmo!  Ou seja, ambas estas ciências estudam uma mesma matéria prima, digamos assim, os céus estrelados, mas estudam e formulam suas teorias e seus trabalhos e seus ensinamentos e suas compreensões dentro da mais rigorosa seriedade de suas atitudes, de ambos os lados, sem jamais terem o direito de interferir ou sequer desrespeitar nem por um momento, o ponto de vista atuado na ciência de um e de outro!

JANINE: Bem, eu concordo com você de a a z.  Porém, a verdade é que venho me deparando com questões não tão simpáticas, que gostaria de poder relatar a vocês, Caminhantes estudiosos de ASTRONOMIA e de ASTROLOGIA.  São questões que revelam o pré-conceito acontecendo de ambos os lados, dentro dessas ciências dos céus estrelados:

Eu bem me recordo, certa vez, em um pequeno curso sobre ASTRONOMIA que fiz no Observatório Nacional no Rio de Janeiro, no primeiro semestre de 1987.... O curso foi introduzido pelo Diretor do Observatório, que depois deixou que as matérias fossem explicadas e demonstradas por alunos da Escola de ASTRONOMIA da época. Bem, tudo certo, professores ansiosos e estudiosos, e alunos estudiosos, ansiosos, curiosos e atentos. Numa certa noite, um dos professores exibiu uma longa série de slides sobre a ASTRONOMIA antiga, medieval, do tempo da renascença e finalmente, moderna. Ótimo! O que realmente me chamou a atenção foi que esse professor ia realizando sua demonstração de slides, passando por tantos astrônomos da antigüidade e bem me lembro, que quando passou por Tycho Brahe, e Kepler e uns tantos outros, ele ia rindo, rindo, e dissertando sobre as coisas que esses astrônomos foram descobrindo, coisas que ele, o professor, achava tão primárias, as vezes tão erradas, tão enganadas, tão pobres-coitados esses astrônomos eram, na visão do real pobre-coitado, o jovem professor!... Aquilo me desgostou muito, a tal ponto que abandonei o pequeno curso..... Algum tempo depois, encontrando o Diretor da época pessoalmente, relatei esse fato a ele, que desconcertado, me disse que teria gostado de ter sabido disso naquele momento do curso, que eu deveria ter comentado isso com ele naquele mesmo momento do ocorrido para que ele pudesse ter tido uma conversa longa com o professor desavisado e, certamente, se desculpado com os alunos que haviam sido mal-orientados..... - o que concordei plenamente com ele.

Por que relatei esse fato? Primeiramente, para mostrar a vocês, Caminhantes, que os astrônomos entre si também correm o risco de deparem com seus pares - imaturos ou não - porém pessoas desavisadas, mal informadas, em relação à sua própria profissão e vocação e toda a história maravilhosa e certamente, digna de respeito, não apenas da ciência da ASTRONOMIA em si como principalmente, em relação aos astrônomos que a foram construindo ao longo dos milênios!

Certamente, o conhecimento é algo que se constrói e não algo que se encontra pronto no aqui e agora.... e melhor ainda, ciências como a ASTRONOMIA, por exemplo, existem fundamentalmente porque estão sempre se modificando, sempre se transformando, existe sempre algum detalhe que foi descoberto, um elemento a mais, um pensamento a mais para ser colocado na enorme muralha, infinita muralha de pequenos tijolos, que ali foram colocados - e continuam a ser colocados - um a um, desde que o homem das cavernas olhou o sol e a lua, e abençoou ambos, principalmente, o sol, seu doador primordial de vida!

Recentemente, eu li em minhas revistas de ASTRONOMIA um autor dizendo que, embora tão recente, a série Cosmos, de Carl Sagan,(que era um notável cientista e propagandista da boa ASTRONOMIA), pois bem, que muitas questões abordadas nesta série já se encontram ultrapassadas! E apenas dez a quinze anos nos separam da realização deste memorável programa!

Também outro dia, li um artigo sobre alguns pontos que os astrônomos gostariam de vê-los realizados e bem compreendidos durante esta década que apenas começamos! Questões como a compreensão maior de como se formam as estrelas, de como realmente começou nosso universo, questões sobre os buracos negros, sobre a física quântica, sobre a teoria das supercordas, sobre os buracos de minhocas, sobre a matéria escura, sobre a energia escura, - etc., etc., etc., etc........

Não existe limite para o conhecimento, esta que é a verdade. Existe, sim, limite para o desrespeito e para o preconceito.

Obviamente, também posso citar alguns casos que presenciei quando astrólogos demonstraram desconhecimento ou até indiferença total em relação à ciência da ASTRONOMIA e sua objetividade, como seguem:

Uma vez, saindo de uma reunião com alguns astrólogos, me deparei com a bela Vênus do cair da Tarde e exclamei: "Vênus!". Uma senhora astróloga, autora de livros best-sellers em ASTROLOGIA, exclamou, admirada: "Vênus? Aquela estrela lá é Vênus?"..... Outra vez, mostrando uma conjunção Vênus e Júpiter no céu para um amigo astrólogo, conceituado astrólogo...., ele, sem mesmo querer olhar para o céu, me disse: " Não estou interessado no céu. Tenho Vênus e Júpiter em conjunção dentro do meu coração e isso me basta".

Certamente, também conheço astrólogos interessados em ASTRONOMIA e se dedicando a estudá-la profundamente, demonstrando-lhe não apenas respeito enquanto ciência mas também, e fundamentalmente, a sabedoria de que ambas ciências devem caminhar de mãos dadas, trocando entre si conhecimentos tanto objetivamente quanto subjetivamente - o que nos leva a dedicar-nos mais profundamente à uma ASTROLOGIA mais objetivada e a uma ASTRONOMIA mais subjetivada - garantindo a ambas as ciências maior compreensão das verdades do universo - não é verdade que existem mais coisas entre o céu e a terra que possa nossa vã mente imaginar?

Ainda hoje, infelizmente, a ASTRONOMIA e a ASTROLOGIA deixam escapar suas boas energias de construção em bom nível de seus conhecimentos e inter-relações, e ficam em disputas, competições sem sentido e discussões infindáveis e pouco profícuas.... sem que qualquer uma das duas ciências se permitam vencer seus próprios preconceitos e julgamentos arraigados e ignorantes e se proponham, senão estudar profundamente, pelo menos respeitar uma a outra, privadamente ou publicamente.

Nesse aspecto, sou de opinião - e luto por isso - que ambas as classes possam tentar respeitar e perder seus preconceitos arraigados, em primeiro lugar. E, em segundo lugar, por que não aprender um pouco, em bom nível, sobre a matéria do outro? Por que não? Eu adoro poder ensinar ASTROLOGIA de bom nível para astrônomos interessados e adoro poder ensinar ASTRONOMIA básica para astrólogos interessados! Afinal, não somos irmãos?

Pessoalmente, me sinto muito feliz em conviver com as estrelas que moram no céu e que posso vê-las e estudá-las objetivamente.... e as estrelas que moram num pedaço de papel ou na tela virtual do computador em gráfico de mapa astral, e que posso vê-las e estudá-las subjetivamente.

A ASTRONOMIA e a ASTROLOGIA são irmãs, sim, pois provêm ambas do mesmo pai, Uranus, o pai Céu, e Gaia, A mãe Terra... podendo até ser irmãs siamesas, que, no entanto, possuem almas individualizadas e seguem, cada qual, seu próprio caminho!

Assim, acredito que a ASTRONOMIA seja uma ciência e a ASTROLOGIA, uma metaciência. Certamente, acredito que tanto a ciência quanto a metaciência sejam igualmente importantes e verdadeiras.

Considero a ASTRONOMIA uma ciência física e a ASTROLOGIA uma ciência metafísica.... Eu entendo como ciência física aquela que trabalha pragmaticamente com a objetividade da questão. E como ciência metafísica aquela que trabalha, também pragmaticamente, com a subjetividade da questão.

Explicando melhor, por exemplo, eu olho para o céu e vejo uma belíssima Vênus brilhando e me seduzindo com sua luz e seu fulgor e sua radiante beleza! Objetivamente, posso correr a buscar meu par de binóculos ou meu simpático telescópio, aponto para a Dama majestosa dos céus e me extasio em vê-la em seu momento de crescente, ou seu momento de cheia, ou...... Corro até meus alfarrábios para saber qual é sua posição exata bem como que estrela é aquela pela qual Vênus está se avizinhando, qual constelação que Vênus está visitando, quais aspectos Vênus estará realizando com os outros planetas, o sol, a lua.... Ou simplesmente, me deixo embevecer pela visão gloriosa de Vênus no cair da tarde, iluminando o poente.... ou Vênus, de manhãzinha, antes do nascer do sol, beijando aqueles que acordam bem cedo para começarem seu dia de trabalho, ou aqueles que finalmente vão dormir depois de uma noite de amor abençoada pela Deusa do Amor! A meu ver, essa é a ASTRONOMIA que me inspira a conhecer o céu objetivamente e a amá-lo profundamente.

Subjetivamente, posso olhar Vênus dentro do gráfico do mapa astral - que contém a fotografia do céu no momento do evento do ponto de vista da latitude e longitude desse mesmo evento, aqui na Terra - e então me deixar invadir pela miríade de possibilidades que aquele arquétipo estará me revelando.... e pela miríade de possibilidades em que eu estarei apta a captar aquilo que este arquétipo está tentando me revelar.... ou seja, aquilo que meu inconsciente pessoal e coletivo poderá esponjar a partir daquilo que algo que pertence ao céu me faz compreender - como se fosse uma letrinha, ou palavra iluminada, dentro do quadro negro do céu noturno! O céu noturno - e também diurno - nos faz compreender a sabedoria do universo. A meu ver, essa é a ASTROLOGIA que me inspira a conhecer o céu subjetivamente e a amá-lo profundamente.

Voltando às questões das diferenças e das semelhanças entre ASTROLOGIA e ASTRONOMIA - motivo fundamental que aqui nos trouxe:

As efemérides astrológicas vão ainda estar falando de um céu que existiu – como se fosse o céu de hoje – porém sendo, na realidade, o céu de cerca dois mil anos atrás..... Esse é um ponto absolutamente crucial de divergência entre astrólogos e astrônomos...

Existe uma ASTROLOGIA que trabalha com o céu da realidade do momento do evento, a chamada ASTROLOGIA Védica. Certamente ela funciona tão bem quanto à chamada ASTROLOGIA tradicional, ou ocidental, ou tropical. Isso porque o que realmente importa, no trabalho astrológico, é o arquétipo, é o conjunto dos arquétipos e tudo aquilo que repousa no inconsciente coletivo da humanidade em relação a esses arquétipos ou símbolos e o que eles nos tem a dizer através de sua linguagem metafísica. A ASTROLOGIA trata do Arquétipo e esse arquétipo e extraído da percepção daquilo que a imensidão de pontos de luz do universo faz "brotar" na mente humana.

Concluindo: a meu ver e de acordo com minha experiência de trabalho em meu consultório de conselheira astrológica e em minhas observações de vida é que: a ASTROLOGIA funciona! E certamente a ASTROLOGIA funciona porque sempre estará trabalhando com o conceito da sincronicidade: assim como no céu, é na terra!

A ASTRONOMIA identifica o céu como ele se apresenta, o significado, e a ASTROLOGIA identifica o céu como uma linguagem, o significante. A ASTRONOMIA identifica o céu objetivamente e a ASTROLOGIA identifica o céu subjetivamente.

Particularmente, sou apaixonada por ambas as ciências... e devoto minha vida a poder levar esta paixão aos Caminhantes do Céu e da Terra:  simplesmente porque acredito firmemente que tudo, tudo, está escrito nas estrelas!

Com um abraço estrelado,
Janine Milward