The Old Astronomer to His Pupil - O poema comentado

Momento de Reverência à Astronomia

em poema de Sarah Williams

The Old Astronomer to His Pupil


Reach me down my Tycho Brahe, I would know him when we meet,
When I share my later science, sitting humbly at his feet;
He may know the law of all things, yet be ignorant of how
We are working to completion, working on from then to now.

Pray remember that I leave you all my theory complete,
Lacking only certain data for your adding, as is meet,
And remember men will scorn it, 'tis original and true,
And the obliquy of newness may fall bitterly on you.

But, my pupil, as my pupil you have learned the worth of scorn,
You have laughed with me at pity, we have enjoyed to be forlorn,
What for us are all distractions of men's fellowship and smiles;
What for us the Goddess Pleasure with her meretricious smiles.

You may tell that German College that their honor comes too late,
But they must not waste repentance on the grizzly savant's fate.
Though my soul may set in darkness, it will rise in perfect light;
I have loved the stars too fondly to be fearful of the night.

..........

                   “Reach me down my Tycho Brahe, I would know him when we meet”

A poeta Sarah Williams nestes versos bem descreveu o sentimento do velho astrônomo em seu leito de morte, deixando seu conhecimento como herança para seu discípulo...

Ele pede ao seu discípulo para lhe trazer o retrato pintado de Tycho Brahe, o grande mestre astrônomo anterior a Kepler, a Galileu... para reconhecê-lo quando se encontrarem... E  o  velho astrônomo tem certeza de que – apesar de Tycho Brahe saber a lei sobre todas as coisas, ainda assim não sabe o que o velho astrônomo já acumulou de conhecimentos, dando continuidade ao trabalho da astronomia desde aquele tempo mais antigo até aquele momento... trabalho esse que, humildemente, o velho astrônomo anseia por compartilhar  com o antigo mestre... Essa é a primeira estrofe.

A segunda estrofe começa com o velho astrônomo deixando como herança ao seu discípulo sua teoria já completa, ao mesmo tempo que fazendo seu herdeiro saber que a esta teoria ele deverá acrescentar mais e mais informações.  E o avisa: os homens zombarão dêle – apesar de sua teoria se provar original e verdadeira.  E sentencia:  a ignorância em relação ao novo conhecimento cairá como fel sobre o discípulo.

Na terceira estrofe e nos dois primeiros versos da quarta estrofe, o velho astrônomo devaneia sobre as zombarias e o não-reconhecimento que o discípulo teve oportunidade de vivenciar junto ao seu mestre e sobre o bom-humor e temperança com que ambos tiveram que enfrentar tais vicissitudes... Também assinala que qualquer honraria agora chegaria tarde demais...

Os dois últimos versos da última estrofe são de uma beleza ímpar:

“Though my soul may set in darkness, it will rise in perfect light;
I have loved the stars too fondly to be fearful of the night.”

          Assim, o velho astrônomo termina sua vida dizendo (traduzindo livremente) :
Apesar de minha alma permanecer na escuridão, ela ascenderá plenamente iluminada,
Meu amor pelas estrelas tem sido grande demais para que eu tema a (escuridão da) noite                                           
.... ou ...  para que eu tema a morte.”

 Com um abraço estrelado,
Janine Milward